EnergyLines Março 2020
Quando Matt Figg treinou como operador de controle na Merom Generating Station, ele ficou em pé em uma bancada cônica coberta com empunhaduras de pistola, interruptores e botões e olhou para uma parede gigante de luzes, medidores e gráficos de papel. Para se preparar para situações futuras, Figg executava ações em sua mente – gire este interruptor, aperte aquele botão.
Agora, como especialista em treinamento de operações, Figg está trabalhando com Tim Goodman, especialista em treinamento em dessulfurização de gases de combustão (FGD), para desenvolver um simulador virtual com a Emerson Process Control em Pittsburgh, Pensilvânia. Quando o simulador chegar no final da primavera, a dupla treinará os operadores no sistema, o que permitirá experiência prática no manuseio de uma miríade de situações sem trabalhar em um sistema ativo.
O simulador permite que os operadores passem por diferentes processos, como iniciar uma unidade, tirar uma unidade do ar ou lidar com um evento adverso, uma viagem ou uma falha de equipamento. “Eles realmente conseguem colocar as mãos nos controles”, diz Figg. “O simulador encurtou drasticamente a curva de aprendizado para nossos operadores de controle.”
O simulador é uma replicação exata dos painéis de computador nas salas de controle principal e FGD. Ele permite que um operador se torne mais eficiente e teste procedimentos em um ambiente controlado.
“Temos um bom grupo de pessoas aqui e isso os ajuda a fazer seu trabalho melhor”, diz Figg, explicando que os três resultados mais importantes do uso de um simulador aumentam a segurança, melhoram a confiabilidade e aumentam a eficiência. “Isso nos ajuda a ter uma operação suave, consistente e eficiente.”
O simulador permite que os operadores pratiquem situações que podem acontecer apenas a cada cinco ou 10 anos sem causar reações adversas. “Os operadores podem cometer erros ou testar teorias que não podem fazer em uma unidade viva sem causar algum tipo de reação adversa”, diz Goodman. “Eles podem verificar procedimentos no simulador e ver como o sistema reage ao que eles querem fazer.”
No final das contas, porém, ter prática e estar preparado economizará dinheiro.
“Como uma estação de geração, se pudermos evitar uma viagem de unidade ou acelerar a inicialização de uma unidade em uma hora, ou se pudermos evitar danos a um equipamento, esses valores em dólares podem aumentar exponencialmente”, diz Figg.
Este simulador substitui um menos sofisticado usado desde 2006, quando a estação geradora fez a transição para um sistema de controle digital, para ajudar os operadores de controle a aprender a usar uma interface gráfica de usuário. Era para ser uma ferramenta de conversão, não uma ferramenta de treinamento. Eventualmente, o software e o hardware ficaram desatualizados.
Figg e Goodman têm testado o novo simulador, que fica em Pittsburgh, virtualmente por meio da sala de controle simulada na instalação de treinamento. Assim que os testes forem feitos, o sistema será transferido para Merom.